O humor governamental utiliza a técnica do transformismo. Por exemplo, quando o Dr. Jekyll se transforma em Mr. Hyde, é um acto de humildade, passa de doutor para alguém sem título académico. Também funciona com um engenheiro, se quiserem. Mas atenção: não me estou a referir a José Sócrates, ele não é desses.
O humor político, não deve estar comprometido. Um humorista tem de ter liberdade ideológica para "atirar" sobre quem lhe fornecer a melhor piada num dado momento - ou não está fazendo humor político, mas política com humor. E isso, além de limitar o campo de acção, se torna repetitivo e previsível, e o imprevisto e a surpresa são duas das mais eficazes técnicas do humor. O humor militante se esgota e se devora a si mesmo, e quem o faz, ao fim de um tempo, acaba por ficar apenas preocupado com a mensagem e não em divertir as pessoas. Por exemplo o Daily Show perdeu muita graça ao se colar a Obama durante as eleições.
Obama é como o Papa Bento, muita gente acha que ele é bom, mas ninguém consegue explicar porquê... ele ganhou o prémio Nobel da Paz
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